sábado, 30 de abril de 2011

PSICANÁLISE E A RESIGNAÇÃO

RESIGNAÇÃO é experenciar uma situação sem a intenção de mudá-la. Uma aceitação que se contrasta com a resistência. A resignação decorre não de uma sujeição, mas de uma compreensão do problema da vida. Quando uma pessoa se resigna não está se submetendo pelo medo, mas aceitando uma realidade que através da sujeição irá superá-la e vencê-la.
Resignação não é conformismo, mas é a inteligente compreensão de que a vida é um processo em desenvolvimento dentro do qual o homem se equilibrará.
Resignação é atitude ativa e consciente enquanto conformismo é atitude passiva e inconsciente.
O entendimento de uma situação gera a capacidade de formularmos uma solução.
Parece contraditório, no entanto, às vezes a solução é justamente a resignação ante a certeza de que resignação não significa adiamento, tão somente postergação.
Para agora não é possível, mas logo a seguir o será.
Na dor de um perda é que experenciamos melhor a resignação.
Não se pode reavivar um ente amado que se foi, mas pode-se olhar, entender e elaborar o luto frente a isso.
Morrer não é luxo, é condição de quem vive.
O que ficam são as doces lembranças (a presença na ausência) com a certeza de que nada acaba.
Nos permitamos recordar de nosso projeto inicial missionário para a vida terrena.
Somos velhos conhecidos que ora nos encontramos por aqui, nesta rede de fazimentos que devem ser de boa cepa.
Não nos esqueçamos de lembrar que tudo deve convergir para o Amor Divino e a para a Compreensão dentro de nós.
Como disse um conhecido nosso: "A Resignação dilui a Ilusão"!
E assim, colocamos nossos pés na realidade.
Esta realidade será a Seara de nosso plantio, para que no futuro (nosso e de nossas gerações)


Octávio Marcondes Machado Marchi
30.04.2011 - São Paulo